Verde que te quero verde, já dizia Federico Garcia Lorca. Por onde quer que se vá, o desejo atual é de que a natureza seja a estrela. Não à toa, esse hype chegou à arquitetura e é quesito que coloca em vantagem o empreendimento no momento da compra de um apartamento. Pode-se dizer que é uma forma de conectar o ser humano à natureza em meio à selva de pedras da cidade.

O design biofílico é um produto da Teoria da Biofilia, desenvolvida pelo ecólogo americano Edward O. Wilson. O termo “biofilia” vem das palavras gregas “bios”, que significa vida, e “philia”, sinônimo de amor ou afeição. Traduz-se de maneira literal para “amor pela vida”.

Wilson defende a hipótese de que os seres humanos apresentam uma necessidade inata de estar em contato com outros organismos vivos e com a natureza.

Levar plantas para dentro de casa, como jardim vertical (ou parede verde), hoje muito presente em projetos de decoração de casas e apartamentos, ou lançar mão dos tradicionais vasos são algumas das opções simples para quem vive longe da natureza

Para a arquiteta Caroline Cruz, essa ferramenta vai ainda além da vontade interagir com o campo. “A arquitetura torna-se muito mais agradável ao olhar quando trazemos a natureza para a dentro da sua composição. O uso da vegetação e materiais naturais como pedra e madeira transformam os espaços em locais mais atrativos, aconchegantes e acolhedores”, disse.

Nos ambientes corporativos, a decoração sisuda dos escritórios vem mudando. O local pode incluir não apenas o verde – paisagismo natural e espécies secas –, como também projeto luminotécnico, música ambiente, texturas variadas e aroma suave por conta da utilização da madeira.

“A arquitetura biofílica proporciona maior conexão com a natureza, possibilitando experiências sensoriais relaxantes e melhorando a qualidade de vida das pessoas que desfrutam dos seus ambientes”, destacou Caroline.